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[RESENHA] A Rebelde do Deserto – Alwyn Hamilton

Publicado em 02 ago, 2016

A Rebelde do Deserto – Alwyn Hamilton
ISBN-10: 8565765997
Ano: 2016
Páginas: 288
Editora: Seguinte
Classificação: 
Página do livro no Skoob

O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Resenha por Carol Teles:
O primeiro livro adulto que li em minha vida foi O Alquimista, do Paulo Coelho. Na época tinha doze anos e fiquei tão imersa no deserto que o protagonista cruzou durante o livro inteiro, que as vezes conseguia sentir o cheiro almiscarado quando fechava os olhos e o vento batia.O mesmo eu senti ao ler A Rebelde do Deserto, e não foi apenas porque o cenário era o deserto, mas porque a autora possui um lirismo quando escreve sobre ele que beira ao realismo que percebi em O Alquimista, ainda que existam elementos não reais em sua narrativa.Amani é órfã. Mora com os tios e muitos primos. O tio tem muitas mulheres, e com a idade próxima de se casar, e sendo um peso para eles, o homem pretende tomar a garota como próxima esposa, o que logicamente Amani não quer.

Ela tem um cofre de pequenos furtos que realizou ao longo dos anos, mas com a proximidade desse casamento, Amani resolve apostar tudo em um jogo numa casa de diversões no deserto onde mora. É lá que ela conhece o Forasteiro, e acaba por salvar a vida do homem durante uma confusão no lugar. Pessoas honestas sempre sentem que dívidas tem que ser pagas, e ele retribui a ajuda, salvando Amani de uma baita enrascada e fugindo com ela para o deserto.

Esse é o plot principal dessa história. Claro que tirei muito mais dela do que um casal que briga mais que tudo e que estão largados no meio do deserto, querendo coisas diferentes, ao mesmo tempo em que são tão iguais. Primeiro posso dizer que sou apaixonada pela protagonista, Amani. Ela é realmente uma garota do deserto, durona, forte e rígida em suas ideias. Em momento nenhum eu vi Amani vacilar em suas decisões, e isso é muito bom, já que estou acostumada a meninas que mudam de opinião como quem mudam de roupa só por causa de um rostinho bonito em outros livros, e isso não existe por aqui.

O Forasteiro também é um puta personagem bem delineado. Um pouco misterioso, e por isso, a cara do deserto. Juntos eles formam um belo par perigoso em muitos sentidos. E amigos em tantos outros. A coisa mística do livro foi o que realmente terminou de me conquistar. Os protagonistas estão lutando por objetivos bem irreais, num mundo real, mas com pinceladas de seres imortais que deixam o clima perfeito. Não é demais ao ponto que cause desconforto, nem de menos ao ponto de achar que a autora esqueceu alguma coisa.

Tudo aqui é bem feito. A escrita da autora é linda nos momentos que tem de ser, e dura quando necessária. A aventura vem em dose dupla e a calmaria é só um suspiro para o que está por vir. Amei a construção de cada pedaço do que li. Senti o deserto de um modo forte e delicioso. Se tenho vontade de encarar uma caravana desde os meus doze anos, imagina agora com mais um livro sobre o deserto que me apaixonei. Sério, os autores deveriam escrever mais livros sobre a maravilha do deserto. Ele é vivo e pulsante, e dá caldo para muita coisa boa.

Recomendo de verdade. Tanto para quem gosta de fantasia, quanto para quem não curte tanto. Nada é demais aqui, e a zona neutra vai ser bem chamativa para a grande maioria dos leitores. Uma delícia de livro! Doida pelo próximo!

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